Pergunte a dez frequentadores assíduos de Cuba qual é sua marca preferida de rum e talvez pelo menos nove deles responderão “Santiago de Cuba”. Embora não tão conhecido como o Havana Club, que é altamente promovido em Cuba e exportado para muitos países, o Santiago de Cuba possui muita qualidade e um apelo peculiar para seus simpatizantes.

Ron Santiago de Cuba

Produzido nas antigas fábricas da Bacardí e da Matusalén, que foram nacionalizadas após o triunfo da revolução cubana, este rum expressa todo o caráter e história da cidade que é considerada o berço do rum cubano.

Desde janeiro de 2018 o rum Santiago de Cuba desapareceu das prateleiras das lojas de Cuba por uma razão um tanto quanto curiosa. A empresa que produzia as garrafas da marca é mexicana e recentemente foi comprada um grupo norte americano e devido ao bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha, não poderia mais fazer negócio com a empresa cubana.

Durante a busca por uma nova empresa que produzisse as garrafas, o rum desapareceu do mercado. Em junho a produção já estava regularizada e o rum voltou a ser vendido normalmente com uma leve mudança na garrafa, que agora tem um “pescoço” ligeiramente mais curto (na foto acima vemos uma garrafa do Santiago Anejo já no modelo novo ao lado de uma de Santiago 11 anos, com um rótulo especial para o Encontro de Amigos de Partagás, ainda no modelo antigo).

Outro fato curioso é que a empresa produzia uma edição de 11 anos de envelhecimento e outra de 12 anos. Pela pouca diferença de idade entre uma e outra a comercialização das duas edições tornou-se desinteressante mercadologicamente, embora o sabor de ambas edições fosse bem diferente.

Ao que parece, a edição 11 anos será descontinuada para um futuro lançamento de uma versão 15 anos. A marca mantém ainda a produção de rum branco, mais voltada para coquetelaria, e as versões Anejo, 12 anos, 20 e 25 anos e uma edição comemorativa em homenagem aos 500 anos da cidade de Santiago de Cuba.

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